UM UNIVERSO OBSCURO
Durante toda a minha infância, vi a minha mãe a lançar nas cartas. Ela praticava o que a sua própria mãe lhe tinha ensinado. Eu chegava a sentar-me diante dela, esperando que me revelasse o meu futuro. Uma coisa ainda hoje me faz sorrir: a minha mãe, que era conhecida para ser “uma adivinhadora”, nunca previu que o seu filho seria um dia “pregador do Evangelho”. Os caminhos de DEUS não são os nossos caminhos. Isaías 55.8
A cartomancia já não era suficiente para ela; a minha mãe praticava também a quiromancia (leitura da vida passada, presente e futura através das linhas da mão), a radiestesia com um pêndulo, a adivinhação por visões. A partir de fotografias, exercia uma influência sobre a vida das pessoas. Nessa época eu era apenas um observador fascinado por essas coisas. Estava desejoso de poder utilizar um dia essa “herança familiar”.
AMBIENTE FAMILIAR
A nossa família, o que era? Habitávamos em Sedan nas Ardenas (França). A cidade tinha sido atingida pelo desemprego desde há alguns anos. O meu irmão mais velho tinha más companhias. Drogava-se e consumia bebidas alcoólicas. Vivia numa inquietação interior profunda. Ficava muito violento. Um dia, em casa, queria lançar-se sobre um sabre. A ponta do sabre encravou na fivela de metal do seu cinto. Graças a isso a sua vida foi salva. Tínhamos escapado a um drama. O meu pai, que sempre tinha trabalhado, estava agora no desemprego, o que o humilhava profundamente. O ambiente familiar era muito tenso. A relação entre os meus pais deteriorava-se. Também, as relações entre o meu pai e o meu irmão se tornavam violentas. Financeiramente, estávamos à beira do abismo. Caminhávamos para uma rutura familiar garantida. Quanto a mim, entretinha-me num clube de artes marciais. Fazia competição de alto nível. Ao fim de semana, frequentava os maus rapazes de uns bairros sociais. O ódio e a amargura enchiam o meu coração. Começava a lutar regularmente nas ruas. Dava livre curso à minha violência. Aquando de uma competição, vários árbitros tiveram que me parar porque eu ia massacrar o meu adversário. Um torno parecia apertar-se ao meu redor. Frequentes ajustes de contas entre bandos rivais agitavam vários bairros.
Um dia, a única maneira de escapar a um destes bandos foi refugiar-me num posto de polícia. Eu era campeão de karaté mas vivia permanentemente com medo. Trazia comigo armas brancas para me defender em caso de agressão.
GABINETE DE CONSULTAS E CLIENTELA!
Para poder ganhar mais algum dinheiro, a minha mãe decidiu abrir “um gabinete de consulta” de vidente. Rapidamente a sala de espera tornou-se demasiado pequena para acolher as esposas e os maridos enganados, os doentes condenados e os desesperados. Vinham também indivíduos à procura de uma lançadora de feitiços. Os clientes eram homens e mulheres de qualquer categoria social, prontos a dar tudo para receber “uma dose de encantamento “. A clientela dividia-se em três categorias: os que tinham sede de sensacionalismo, os que tinhas medo do futuro, os que eram doentes e que esperavam a cura por meio de passes magnéticos.
O ESPIRITISMO
Certa vez, convidada por uma cartomante, a minha mãe foi a um seminário sobre espiritismo. Queria acrescentar mais uma ferramenta ao seu arsenal. Em casa, eu esperava o seu regresso com impaciência. Queria saber se a minha mãe seria competente nessa prática. Quando voltou, perguntei-lhe: “Então aquilo funciona?” A resposta foi afirmativa. Faltava apenas passar à prática. O espiritismo, por definição, é a crença na possibilidade de uma comunicação entre os vivos e os espíritos dos defuntos. No início, acreditamos nisso. Pensávamos falar com os nossos queridos já defuntos da nossa família. Congratulávamo-nos também por entrar em contacto com personalidades que tinham marcado a História da Humanidade. Considerávamos aquilo como um privilégio. Um das minhas tias tinha-se juntado a nós. Procurava entrar em contacto com o seu marido falecido num acidente de automóvel, quando era jovem. O seu filho também se juntou a nós. Eu estava seduzido. Queria compreender, saber… Podíamos interrogar o mundo invisível, o além.
PARAPSICOLOGIA
Ia finalmente compreender o sentido da vida! ERA SENSACIONAL! O ocultismo tornava-se uma paixão. Comecei a ler livros sobre este assunto, para fazer de aprendiz feiticeiro. Tornava-me adepto da levitação e da parapsicologia, a influência do espírito sobre a matéria. Fazia girar folhas de papel no espaço e treinava-me a deslocar e torcer colheres. Quando fazia competições de karaté, na hora dos grandes encontros, invocava sobre o terreno de combate os espíritos para assim ter a vitória. Quanto ao meu irmão, tinha-se tornado mais sábio. Estava envolvido numa pesquisa espiritual e procurava a verdade junto de várias religiões e seitas. Insatisfeito com as suas investigações, para encontrar a verdade, adquiriu uma Bíblia. Lendo-a, descobriu que a BÍBLIA, a PALAVRA de DEUS, denunciava práticas como espiritismo. Opôs-se com veemência às nossas actividades. Pensávamos que ele estava em plena crise mística. Para nós, era apenas mais uma crise. Anunciou-nos que não voltaria mais a casa enquanto continuássemos com estas práticas.
O OUTRO LADO DO CENÁRIO
Os nossos negócios correram bem durante alguns meses. Mas as coisas começaram a deteriorar-se. Fenómenos inexplicáveis começaram a produzir-se progressivamente em nós, mergulhando-nos no outro lado do cenário. Quanto a mim, era assomado por fortes angústias, as luzes apagavam-se e acendiam-se na minha presença. Ouviam-se barulhos nas paredes e a temperatura da casa baixava anormalmente. À noite, era vítima de contactos. Uma noite, senti que fui agarrado e levantado vários centímetros acima a minha cama, em levitação. O medo habitava dentro de mim. Sentia que tinha perturbações do comportamento. Tinha o sentimento de um verdadeiro desdobramento de personalidade. Tinha medo do escuro e, durante vários meses, dormi com a luz acesa. Já não conseguia mais estar sozinho. Quando estava na rua, tinha que voltar para casa correndo porque tinha a impressão de ser perseguido.
IMPOTÊNCIA
Estava só com a minha psicose! Vários meses, sofri, em silêncio, vivendo num verdadeiro inferno. Não contava nada aos meus pais. Debatia-me sozinho. Tinha pensado consultar um psiquiatra mas tinha medo de ser internado e cheio de medicamentos. Não queria ficar prisioneiro numa instituição. O meu sofrimento não era de origem física. Era um sofrimento de origem espiritual, e eu sabia isso. Necessitava por isso de um remédio “espiritual”. Quiz encontrar socorro na nossa religião mas o sacerdote que nos visitava não era contra o espiritismo. De resto, praticava-o tal como nós!
PERDA DE CONTROLO
Por vezes, a mesa da sala já não estava sob o nosso controlo. Mesmo a pesada mesa de cozinha se movia durante as sessões. Mas um dia tudo abanou, provocando em mim um verdadeiro susto. A minha irmã mais pequena tinha seis anos. Sabia lançar as cartas e crescia neste meio espírita. Os poderes aumentavam em cada uma das crianças da família! Para brincar, manipulava a mesinha de pé-de-galo e tentava imitar-nos. Naquele dia, eu estava na sala de jantar, pensativo, e o meu olhar focou-se maquinalmente sobre a minha irmã que brincava com a mesinha de pé-de-galo. Colocando a extremidade do seu dedo no centro da mesa ela disse-me: “olha”. De repente a mesinha de pé-de-galo começou a mover-se e a andar, desafiando as leis da natureza! Dei um urro, chamando a minha mãe para vir ver. Como eu era muito grosseiro nessa época, utilizei um vocabulário muito grosseiro e vulgar para insultar “os poderes das trevas ” que se manifestavam.
CONTRADIÇÕES E CONVICÇÃO
Desde há algum tempo, estava mais e mais convencido de que não eram os mortos que nos falavam mas demónios, dos poderes maléficos. Progressivamente ao longo das sessões, a linguagem dos espíritos tinha-se tornado muito suja e ordinária e aquilo já não correspondia à linguagem dos defuntos da nossa família! Tinha notado numerosas contradições nas suas declarações bem como uma certa confusão. Interrogava-me como é que Napoleão podia falar ao mesmo tempo em vários lugares simultaneamente? Como podia ele ser omnipresente? Sentia que estávamos a ser manipulados. Mais tarde, quando me tornei cristão, descobri, através do ensino bíblico, que o diabo se tornou mestre na arte do disfarce e que é o pai da mentira. O próprio JESUS, na parábola do rico mau e do pobre Lázaro, ensina que há “um abismo entre os mortos e os vivos ” e que este abismo é intransponível! Portanto, não entrávamos em contacto com defuntos mas com demónios! Vendo a minha irmã mais nova a seguir no mesmo caminho que eu, fui como que “iluminado”. Fiquei convencido que os poderes ocultos eram impiedosos a nosso respeito. O seu único objectivo era a destruição da nossa família.
A AGRESSÃO
À noite, a minha irmã mais nova tinha visões mórbidas de cemitérios e de túmulos. Via pessoas em redor da sua cama. Os seus gritos acordavam-nos. Parecia estar em movimento um processo de destruição e nada podíamos fazer para o deter. Já não controlávamos mais nada! O cão urrava à morte durante as sessões de espiritismo. Também estava a ser atormentado! Eu deixava gradualmente o mundo racional e fechava-me num universo paranormal. Um dia, insultando os poderes das trevas, vivi uma experiência horrível, ao ser atacado pelo “mundo dos espíritos”. Algo indefinível entrou na minha boca e queimou as minhas entranhas. Tudo o que pude fazer foi calar-me, horrorizado. Fiquei chocado e silencioso durante vários dias. A minha mãe não sabia o que pensar! Todos os fenómenos convergiam sobre a minha pessoa. Era inexplicável. Em cada sessão de adivinhação, a minha mãe pedia a Deus que a iluminasse.
“DIA J”
Houve um dia “J ” no mês de Fevereiro de 1985. Às seis horas da manhã, após uma noite de insónia, ouvi uma voz no meu espírito que me disse: “Está na hora, levanta-te, abre a janela, atira-te dela abaixo e morre jovem! “A morte como solução para o meu tormento, ainda não tinha pensado nisso.
Era formidável: morrer, era finalmente dormir, dormir para sempre! Era o repouso, a paz. Viver, para mim, era sofrer, era o inferno!
IA SUICIDAR-ME! Levantei-me e fui à janela do meu quarto. Olhei para o betão vários metros mais abaixo. Via a morte, esta libertação que esperava.
O TRABALHO DE DEUS NA MINHA CONSCIÊNCIA
Pronto para passar ao acto, enquanto abria a janela, HOUVE COMO QUE UM IMPULSO DE SOBREVIVÊNCIA NA MINHA CONSCIÊNCIA! Como podia eu estar certo de que a morte seria uma libertação? De repente, ela parecia-me como uma desconhecida. Um pensamento impôs-se no meu espírito: “Vives num inferno, mas se transpuseres o limiar da morte, como podes ter a certeza de que não vais levar este inferno contigo? Não estarás tu a ir para o inferno? “.
PRIMEIRA ORAÇÃO
Fechei violentamente a janela e caí de joelhos, em transes, gritando de todo o meu coração a Deus! Disse-lhe: “Deus, não sei quem és, eu não sei se és Buda, Maomé ou Jesus Cristo, mas dirijo-me a TI que criaste o céu e a terra. Se existes, SALVA-ME, SUPLICO-TE! Os meus pais ao ouvir todo aquele barulho vieram ao meu quarto. Descobriram-me em transes e lágrimas. Não sabiam o que fazer. Via o meu pai desarmado e a minha mãe impotente. Disse à minha mãe que ia procurar um apartamento porque a nossa casa estava assombrada. Estava psiquicamente esgotado! Desde há vários meses, que não conseguia dormir.
A HORA H
Fugi de casa e vagueei nas ruas da cidade. Era um sábado manhã. Os comerciantes instalavam as suas bancas na praça do mercado semanal. Pelas nove horas, cruzei-me com um grupo de jovens. Estavam a distribuir folhetos sobre “a fé cristã “, com um convite gratuito para vir ouvir o Evangelho. Amarrotei imediatamente o folheto. Espiritualidade, já tinha bastante. Propunham-me “coisasdobomdeus”: era mais do mesmo! Continuava a andar, reconsiderando o suicídio falhado e a situação da minha família. Estava desesperado. Meia hora mais tarde, o mesmo grupo de jovens cristãos estava de novo diante de mim. Mudei de passeio rapidamente! Meia hora depois, enquanto continuava nos meus pensamentos e sem solução, uma pessoa estendeu-me um prospecto. Era um membro do grupo de jovens que me dava o último folheto. Aceitei-o rapidamente, não queria falar. Tinha medo das seitas. Depois de ter andado uns quarenta de metros, algo se passou em mim: DEUS TRABALHOU NO MEU CORAÇÃO! A oração que enviado aos céus nessa manhã às seis horas, acabava de voltar ao meu espírito como um boomerang. Tinha uma convicção profunda: DEUS TINHA MARCADO UM ENCONTRO COMIGO! Fiz meia-volta, dirigi-me ao cristão e despejei-lhe o meu curriculum vitae. “Bom-dia, chamo-me Franck ALEXANDRE, a minha mãe é cartomante, espírita, radiestesista, etc. Chamam-me o filho da bruxa. A minha casa está assombrada da adega ao sótão. Estou cercado de “presenças”, sou vítima de contactos, ouço vozes. A relação entre o meu pai e a minha mãe é tensa. A minha irmã mais nova tem visões à noite e dá urros! Sou cinturão negro de karaté, faço combates nas festas e nas feiras… TEM UMA SOLUÇÃO PARA MIM? Levava sapatilhas e t-shirt, com um blusão preto e armas brancas à vista. Pensava que me ia dizer “NÃO” mas para minha grande surpresa, ele disse “SIM, há uma solução.” Sacou da SUA BÍBLIA e, primeira vez da minha vida, eu ia ser posto K.O, atingido em cheio no coração pela AUTORIDADE DA PALAVRA de DEUS! Ele leu-me um texto cuja referência ficou gravada para sempre na minha memória: “Que não entre vós ninguém que faça passar os seus filhos ou as suas filhas pelo fogo, ninguém que exerça o ofício de adivinhador, de astrólogo, de vidente, de mágico, encantador, ninguém que consulte ou que evoque os espíritos ou prediz o futuro, ninguém que consulte os mortos PORQUE TODO AQUELE QUE FAZ ESTE TIPO DE COISAS É ABOMINAÇÃO AO SENHOR ETERNO “. A Palavra de Deus, a Bíblia, tinha acabado de iluminar o meu coração. Fiquei convencido do meu pecado. Compreendi que estava debaixo de uma maldição devido às práticas familiares. Eram uma abominação para Deus. Perguntei como me podia desembaraçar de tais coisas. Disse-me que só um encontro pessoal com Jesus Cristo podia fazê-lo. Fui então a um encontro de evangelização. Nessa noite era “UM ENCONTRO DE PODER”. O Pregador falava sobre o EVANGELHO de JESUS CRISTO e eu fiquei transtornado. Só Jesus Cristo podia perdoar os meus pecados e fazer-me participar da sua natureza divina. Ele estava vivo e ressuscitado! Fui tomado de tremuras. Sabia que o Evangelho era a resposta às minhas perguntas, o remédio para o meu sofrimento. O Pastor veio ter comigo no fim da reunião. Tinha compreendido o meu problema. Propôs-me orar por mim. Eu disse-lhe: “Quero que ore por mim porque Aquele que está em si é maior do que o que está em mim! “
VIAGEM “NIAGARA” CELESTIAL!
Numa sala ao lado, os pastores oraram por mim e conduziram-me ao arrependimento. Convidavam-me A PEDIR PERDÃO A DEUS pelos meus pecados e pela prática do ocultismo. Eu tomava consciência de ter pecado praticando as ciências ocultas mas, sobretudo, tomava consciência que eu era pecador por natureza. Convidaram-me A ACEITAR JESUS COMO SALVADOR E SENHOR. Com a minha boca reconheci Jesus Cristo como o meu Salvador e o AMOR DE DEUS PREENCHEU A MINHA VIDA. Experimentava uma presença que nunca tinha conhecido, a de Jesus Cristo no meu coração. Sabia que me tinha tornado CRISTÃO, que tinha sido perdoado, que tinha a Vida Eterna e que era uma nova criatura! Estava enfim livre, sentia-me leve, toneladas de fardos acabavam de ser retiradas dos meus ombros!
O REGRESSO À CASA
Supliquei ao pastor que me permitisse dormir na igreja. Em minha casa, era “o inferno”. Então o pastor encorajou-me e disse-me que fosse dizer à minha família o que Jesus acabava de fazer por mim. Assim, citou-me 1 João 4.4: “O que está nós (Jesus Cristo) é maior do que o que está no mundo”. Então parti correndo, fortalecido. Saltava na rua, passando por cima dos caixotes do lixo!
EFICÁCIA DO “NOME DE JESUS”
Entrei de rompante no gabinete de consulta da minha mãe gritando: “Mamã, encontrei Jesus, estou livre, cometemos um pecado de abominação e estamos debaixo de uma maldição. Mas Jesus perdoou-me, tens que te converter também! Tinha pouco jeito e apresentei o Evangelho à minha maneira, com aspereza, como um bruto que era! A minha mãe, surpreendida, pediu-me explicações pois eu tinha interrompido uma sessão. Ela estava a fazer girar copos com uma lançadora de feitiços. Quando a mulher ouviu o nome de Jesus, aquilo desagradou-lhe muito. Fixou-me nos olhos para me lançar um feitiço! Senti-me muito mal, o meu espírito vacilou e tive que me apoiar contra uma parede. Lembrei-me da maneira como os pastores lidaram comigo. Quando oraram por mim, tinham ordenado aos poderes das trevas que deixassem a minha vida “em nome de Jesus”. Então fiz como eles. Ordenei a esta mulher que saísse da casa “em nome de Jesus “. Em cólera, ofuscada, levantou-se e partiu de repente! A minha mãe tentava perceber o que se passava. Contei-lhe então como tinha descoberto o Evangelho, que todas as nossas desgraças vinham do facto de praticarmos o ocultismo e que vivíamos sem o Salvador. Disse-lhe: “Em todo caso, vais conhecer estes pastores porque os convidei a vir cá a casa. Vão chegar para explicar tudo “. Ela já não reconhecia o filho que tinha saído de casa umas horas mais cedo, em completa depressão!
O MEU IRMÃO
Enquanto discutíamos ainda, pensei no meu irmão que, por seu turno, lia a Bíblia e procurava Deus. Era necessário compartilhar com ele esta Boa Notícia. Fui, correndo, a sua casa. Após alguns metros, vi-o a dirigir-se acelerado para a nossa casa. Encontramo-nos e expliquei-lhe o que nos estava a acontecer. Há muito tempo que ele não vinha a casa. Orava por nós regularmente e tinha-se sentido impelido a voltar para nós. De lágrimas nos olhos, voltamos juntos para casa! Houve uma espécie de conselho de família por ocasião da visita dos pastores. Para que pudéssemos receber uma libertação total, o Evangelho foi-nos ensinado de maneira mais precisa.
PARA UMA LIBERTAÇÃO TOTAL
Era necessários que nos convertêssemos, quer dizer que voltássemos as costas aos nossos pecados e que recebêssemos pela fé, o perdão em Jesus Cristo. Era necessário colocar a nossa fé na eficácia do sangue de Jesus. Somente Ele era capaz de nos purificar de qualquer pecado. Aceitamos Jesus como Salvador e Senhor. Pela confissão dos nossos pecados, houve então uma separação interior. Não queríamos dar a Satanás nenhum acesso às nossas almas. A Bíblia ensina: “Se confessamos nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a iniquidade “. (1 João 1.8). Com arrependimento, quebramos, os pactos, contratos e juramentos que consciente ou inconscientemente tivéssemos feito com o mundo das trevas. Como tínhamos tomado a firme decisão de pôr em prática a Palavra de Deus, o pastor orou pela minha mãe que foi liberta do espírito de adivinhação que a atormentava. Consagramo-nos a Deus, colocando a nossa confiança na autoridade das Santas Escritas. Uma separação exterior também era indispensável. Destruímos todos os objectos ocultos. Renunciamos à nossa maneira de pensar, agir e falar de acordo com o mundo oculto. Era uma grande limpeza! A aurora de uma vida nova!
ACTOS 19.18-20
Não me tinha tornado cristão “por um golpe de varinha mágica”. A confissão dos meus pecados foi primordial mas tive que pôr a minha vida em harmonia com as exigências da Palavra de Deus! Fiz isso por amor a Deus e com alegria, porque descobri que DEUS ME AMAVA tanto que tinha dado o seu filho Jesus Cristo por mim sobre uma cruz. Decidi crescer em santidade e pureza e aplicar a Palavra de Deus na minha vida. Após a libertação dos poderes das trevas, pude experimentar os benefícios da cura interior. Aprendi a pôr a minha fé nas promessas e ensinos da Palavra de Deus! Não somente me tornei um cristão mas também um discípulo através de uma vida de consagração e de obediência diária. Doravante, vivo na Sua graça dia após dia porque Ele prometeu estar comigo até ao fim do Mundo e para a Eternidade no seu Reino! Toda a minha família se converteu a Jesus Cristo. As nossas relações familiares foram restauradas. Hoje, o Senhor permite-me estar à escuta daqueles que conhecem os tormentos do ocultismo. Conduzo-os pela graça de Deus na Fé do Filho de Deus e experimentam eles também a libertação, salvação e a cura. Posso afirmar àquele que está preso na armadilha do ocultismo: “Se alguém está Cristo, é uma nova criatura! As coisas velhas já passaram, eis tudo se fez novo”.
Deus deu a Franck Alexandre um escape e esperança de uma nova vida, por causa do Seu amor por nós, abriu-nos um caminho para que possamos voltar para Ele. É através do Seu Filho, Jesus Cristo. Jesus pagou o preço dos nossos pecados, criando uma ponte entre nós e Deus. Tu também podes ser salvo do desespero se colocares a tua confiança nele.
Deus ama-te! Começa uma nova vida com Deus hoje mesmo: